Edital lançado pela incubadora e aceleradora InovaHUPE recebe inscrições até o dia 3 de maio
Um passo além, colocando o Hospital Universitário Pedro Ernesto da Uerj no universo das incubadoras. A Incubadora e Aceleradora de Base Tecnológica do hospital (InovaHUPE) lançou, no dia 3 de abril, seu primeiro edital para empreendedores de todo o estado do Rio de Janeiro apresentarem propostas de inovação especificamente na área da Saúde. “Oncologia: um olhar para o futuro” é o tema da seleção, que busca identificar, promover e qualificar iniciativas e empresas que desenvolvam ações de impacto no setor de assistência oncológica. São válidas propostas que contemplem atenção clínica, cirúrgica, assistencial, pesquisa ou formação. A InovaHUPE é a primeira do estado em um hospital público e a sexta incubadora inaugurada pela Uerj.
A cerimônia de lançamento do edital reuniu autoridades universitárias e do estado no Anfiteatro Ney Palmeiro
Em sua primeira chamada, a InovaHUPE disponibiliza cinco vagas, selecionando projetos de inovação em saúde, sob o tema “Oncologia: um olhar para o futuro”. Os projetos selecionados contarão com apoio gerencial, por meio de curso e mentoria qualificada de pesquisadores, professores e profissionais experientes da Uerj e de instituições parceiras. Além do acompanhamento contínuo do projeto, os empreendedores terão orientações sobre como concorrer a editais de financiamento destinados a recursos tecnológicos. Também serão disponibilizados gratuitamente espaços como laboratórios, salas de reuniões, auditório, serviço de telefonia, acesso à internet, segurança e limpeza, entre outros. Os projetos aprovados serão incubados e apresentados, em agosto, no 61º Congresso Científico do Hupe, que também destacará a oncologia.
Na visão do diretor do Hupe, Ronaldo Damião, os resultados relevantes virão já nesse primeiro trabalho da incubadora. “Na área de saúde de forma geral, há carência de materiais que sejam mais eficientes e disponíveis. Por isso, ter um grupo pensando em solucionar essas questões, dentro de um hospital que lida principalmente com média e alta complexidade, é muito importante para a instituição”, pontua.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 704 mil novos casos da doença por ano até 2025. “É um problema de saúde pública que foi ainda mais agravado com a pandemia. Então, fazemos esse chamamento, pois é preciso estimular a criação de soluções que possam melhorar os processos, serviços ou produtos relacionados à questão oncológica. Isso beneficia toda a sociedade, sobretudo o Sistema Único de Saúde (SUS), que é a nossa vocação”, frisa a professora Alexandra Monteiro, coordenadora da InovaHupe e vice-diretora da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Uerj.
Na avaliação dos candidatos, serão considerados determinantes o conteúdo tecnológico, o grau de inovação da ideia apresentada, o potencial mercadológico do negócio e sua viabilidade técnica e financeira. O processo de produção, que não deve ser poluente, e a capacidade empresarial da equipe são alguns dos outros requisitos.
Os selecionados contarão com apoio gerencial, por meio de curso e mentoria qualificada de pesquisadores, professores e profissionais experientes da Uerj e de instituições parceiras. Além do acompanhamento contínuo do projeto, os empreendedores terão orientações sobre como concorrer a editais de financiamento destinados a recursos tecnológicos. Também serão disponibilizados gratuitamente espaços como laboratórios, salas de reuniões, auditório, serviço de telefonia, acesso à internet, segurança e limpeza, entre outros. Os projetos aprovados serão incubados e apresentados, em agosto, no 61º Congresso Científico do Hupe, que também destacará a oncologia.
Os projetos inscritos deverão contribuir para o empreendedorismo e desenvolvimento de setores econômicos do Estado do Rio de Janeiro; ter foco na saúde; e atender à temática da oncologia visando, preferencialmente, a resolução de problemas na assistência em saúde.
Cultura de inovação
Fundada em março, a InovaHupe é a primeira incubadora do estado vinculada a um hospital público e a sexta mantida pela Uerj. As demais estão associadas à Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), no Centro do Rio; ao Instituto de Matemática e Estatística (IME); à Faculdade de Engenharia (FEN), no campus Maracanã, ao Instituto Politécnico (IPRJ), em Nova Friburgo; e à Faculdade de Tecnologia (FAT), em Resende.
A nova aceleradora é fruto da parceria entre o Hupe e o Departamento de Inovação (InovUerj). “Quem cria os projetos são as unidades acadêmicas. Nosso papel é orientar, cuidar e articular as empresas juniores e incubadoras da Universidade, executando a parte administrativa e jurídica”, esclarece a professora Marinilza Bruno, diretora do InovUerj.
Concebida como um polo de inovação, a InovaHupe visa colaborar para o desenvolvimento social, tecnológico e econômico no campo da saúde. Disseminar a cultura empreendedora, estimulando um ambiente de negócios que induza o surgimento e crescimento de empresas disruptivas é a missão da incubadora. A iniciativa integra ainda o projeto Hupe Digital, desenvolvido nos últimos anos, que incluiu adoção do sistema de prontuários eletrônicos, digitalização do serviço de radiologia e diagnóstico por imagem, a robótica na clínica cirúrgica e a central de teleconsultas, inaugurada em fevereiro, que deve prestar até 12 mil atendimentos remotos por mês.
A professora Alexandra, que também coordena o Telessaúde Uerj, lembra a tradição da Universidade na implementação de soluções inovadoras. “Temos uma bagagem de 20 anos no campo da inovação e de pelo menos uma década no empreendedorismo. Nesse sentido, podemos contribuir trazendo nossa experiência e envolvendo o programa de pós-graduação, que é um mestrado profissional para atender demandas na área da telemedicina”, explica.
“Sabemos que as temáticas da inteligência artificial, big data, internet das coisas e saúde digital estão na agenda de governos, mercado e pessoas. Nós, aqui no Hupe, já estamos há muito tempo engajados nessas pautas, fomentadas pelo Departamento de Inovação, que oferece, inclusive, capacitação docente para educação empreendedora”, acrescenta.
Ronaldo Damião, diretor-geral do Hupe; Lincoln Tavares Silva, pró-reitor da PR-1 Uerj; Edgard Leite Ferreira Neto, subsecretário da SECTI-RJ; Jerson Lima da Silva, presidente da FAPERJ; Alexandra Monteiro, coordenadora do Telessaúde Uerj; Jorge José de Carvalho, diretor do Centro Biomédico da Uerj; Marinilza Bruno de Carvalho, diretora do InovUERJ; Eliete Bouskela, diretora-científica da FAPERJ; e Luis Antônio Campinho da Mota, pró-reitor da PR-2 – congregação de forças e de conhecimento permitindo ao Hupe avançar em novos projetos
Por Diretoria de Comunicação da UERJ e Coordenação de Comunicação Social do Hupe