Em conferência magna na abertura do Congresso Hupe 60 anos, a pesquisadora Margareth Dalcolmo (Fiocruz) traçou um perfil dos profissionais a serem formados pós-pandemia, o que inclui características como: excelência técnica, humanidade, inteligência emocional e solidariedade.
Como deve ser o médico do futuro? Com uma resposta a esta questão a médica e pesquisadora |Margareth Dalcolmo (Fiocruz) arrematou a conferência magna que abriu oficialmente a programação científica do Congresso Científico Hupe 60 anos, na terça-feira, dia 23. Com o anfiteatro Ney Palmeiro lotado, a professora abordou o tema “Impacto da Covid 19 e perspectivas na saúde” traçando um panorama geral; tanto do que foi a saúde pública diante da maior pandemia da idade contemporânea, quanto diante da própria formação médica.
RECURSOS HUMANOS DE EXCELÊNCIA – Para Dalcolmo, apesar de todos os desafios e perdas, prevaleceu a criatividade e o difícil momento de crise foi superado. Porém a especialista ressaltou o perigo com relação a novas epidemias. Exatamente por isso ela grifou a atenção às novas equipes de Saúde. “O que nós aprendemos essencialmente? Acho que, acima de tudo, a importância de formarmos recursos humanos de excelência”, defendeu.
“Assim sendo, como deve ser o médico do futuro?” questionou a professora que traçou uma definição para tal questionamento. “Precisa ser absolutamente muito bem qualificado tecnicamente, conhecer políticas públicas, humanidades, desenvolver inteligência emocional; pois teremos outras epidemias. Além disso, ele deve saber assistir com qualidade o paciente e pesquisar sempre. Saber trabalhar em equipe também é fundamental”, apontou enfatizando ainda que a resiliência de todos nós continuará a ser desafiada no futuro.